sábado, 31 de março de 2007

Sirene para Batalha

Mais uma vez soa a sirene para a batalha, a terceira sirene. A tinta camufla os rostos marcados, os uniformes surrados de tantos e tantos outros combates, vestem os corpos dos diferentes guerrilheiros, muitos ainda não sabem ao certo que estão em guerra, e mesmo inconscientemente, lutam... Lutam com o inimigo invisível, lutam contra eles próprios, lutam, lutam e lutam... Armados com sentimentos e poesia, de palavras de protesto e amor, eles afrontam incansavelmente o cotidiano estúpido, a munição não é escassa, cada gesto vale um tiro, cada frase é uma granada a cada avanço uma vitória... Eles atiram, se esquivam e lutam...E assim caminham os guerrilheiros, até o ultimo sopro: lutando, sofrendo, furando cercos, quebrando barreiras, ultrapassando limites, bradando o grito de liberdade e vitória... Vivendo em meio à pobreza, eles lutam contra a desigualdade, sofrendo com a miséria humana, eles afrontam a injustiça, resistindo as armadilhas do mundo, eles chamam os seus, para juntarem-se à causa... Esses Guerrilheiros são "Feios" e amam o belo, são "Sujos" de alma limpa, e são "Malvados" que se opõem ao mal... Eles são "Feios Sujos e Malvados" e no entanto criam arte!
Peterson Xavier

Um comentário:

Wesley Vieira disse...

Grito a injustiça
Imposto pelo próprio homem
Em seu sistema de filas atrasadas
Luto
E minha luta é armada de arte
Grito enquanto houver maldade
Enquanto houver sangue inocente escorrendo na terra
Na pedra
No chão
Na casa
Na esquina
Enquanto houver desigualdade
Enquanto houver miséria
Grito e ninguém há de me calar!

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